Entrevista para o
Blog Cantinho Cultural Matheus Márcio
Com que livro você tomou gosto pela literatura? C.B. L: Foi ainda na infância, com
enciclopédias de meus pais, com dois livros infantis chamados Pedrinho
Esqueleto e A História de Leo e com os livros didáticos que eu usava na escola.
E o amor pela leitura cresceu dentro do meu ser tão rápido quanto à velocidade
de um trem bala. E nunca parou de crescer! (risos)
Como você descobriu seu talento para escrever livros? C.B. L: Na verdade, quem “descobriu” o
meu talento foi uma colega, que era a melhor aluna da minha classe, da oitava
série, que lia as frases que eu escrevia na lousa durante o recreio e as minhas
redações. Certo dia ela me perguntou: “Cyntia, porque você não escreve um
livro?” Aí eu fique abobalhada e respondi com outra pergunta: Mas como assim? E
ela respondeu categoricamente: “Você tem o dom da escrita!” Aquilo sugestão da
menina ficou na minha mente. E seis anos depois, quando ganhei meu primeiro
computador, sentei para escrever a minha primeira obra. Trabalhei nela por 3
meses, de segunda a domingo.
Como foi sua luta para publicar seu primeiro livro? C.B. L: Foram dez longos e penosos anos
atrás de editoras e só sendo recusada por todas que procurei. O mais chato foi
ouvir desculpas esfarrapadas. Prefiro não comentar sobre isso, pois poderei
acabar tendo postura inadequada. Bem, após dez anos de procura e levando “não”
de muitas editoras comerciais, que por questões éticas prefiro não citar os
nomes, um amigo meu escritor, dramaturgo e ator de teatro, Samuel Cândido,
gentilmente indicou-me a editora dos meus livros. Publiquei minha primeira obra
em 2012, que se chama DESABAFOS DE MULHER, a segunda em 2013, intitulada A LUTA
PELA LIBERTAÇÃO e agora em 2014, estou lançando meu terceiro livro, com o nome
de CONTOS INOCENTES PARA MEDITAR.
O que você acha da visão que as pessoas têm da literatura? C.B. L: para os leitores constantes e
fiéis, a leitura tem seu espaço garantido e reservado em suas vidas. Para mim e
para várias pessoas, literatura é tão importante quanto o ar para o ser humano
respirar e a água para todos os seres vivos. Mas fico triste quando vejo os
leitores menosprezarem os livros nacionais, especialmente dos novos escritores,
e idolatrarem só os estrangeiros. Não que estes não mereçam prestígio. Porém, a
literatura brasileira moderna merece e necessita muito de apoio, carinho,
respeito e atenção. Por isso, aproveito esta entrevista e faço um apelo aos
leitores para que comecem a prestigiar os novos autores, não só os que já têm glamour.
Você, alguma vez, já pensou em desistir de escrever? C.B. L: Algumas vezes. Quando eu não
conseguia encontrar editora e principalmente escutava comentários do tipo: ”Você
escreve feito uma analfabeta funcional! (que é quem lê, escreve, mas não sabe o
que significam as palavras)”, ou então “Seus livros são uma porcaria, viu?”
“Arrume um trabalho de verdade, sua vadia!”. E detalhe: Muitas dessas pessoas
nem sequer leram meus livros. Apenas leram a sinopse e já falam sem ter noção
de nada. Mas os admiradores de minhas obras estão sempre me dando muita força,
carinho, incentivo e apoio. Como que posso desapontar pessoas assim tão
generosas? Nunca! A literatura está entranhada no meu âmago como as estrelas
estão no firmamento. Hoje em dia, não penso em parar de escrever. Desejo do
fundo do meu coração escrever minhas obras até o fim da minha vida.
Além da literatura, você aprecia outra arte? C.B. L: Mas é claro! Eu amo música,
teatro, cinema, artes visuais e cultura mundial.
Em sua opinião, por que é importante valorizar nossa cultura? C.B. L: Porque quando compreendemos que
a cultura é fundamental na vida do ser humano, passamos a entender a sociedade,
porque tudo acontece em nossa volta e pensamos em como podemos ser pessoas
melhores, como podemos contribuir para o mundo evoluir de maneira saudável,
essas coisas.
Bate bola jogo rápido:
Livro preferido: São muitos.
Mas hoje destaco um que li esse ano, que se chama Jogo de Risco, de uma nova e
talentosa autora, chamada Janaína Blanc, que tive a honra de conhecer
pessoalmente.
Autor preferido: A lista é
imensa! (risos)
Música preferida: Tente outra
vez (Raul Seixas). Essa música me anima sempre que estou desmotivada. Amanhecer de Peer
Gynt, pois é uma música suave que me deixa sempre muito calma.
Cantor preferido: Daniel, Raul
Seixas e Paul McCartney
Filme, novela ou série de televisão: Chaves
Ator: Flávio Guarnieri (um verdadeiro
príncipe dos palcos)
Atriz: Geny Prado (uma super comediante,
que já é falecida)
Uma mensagem á seus leitores: Meu infinito agradecimento a todos eles. Peço que continuem a me
prestigiar e me apoiar.
Uma mensagem á quem não admira a leitura: Nunca é tarde para tornar-se um leitor. Peço a todos que ainda não
curtem leitura que dêem oportunidade não somente aos meus livros, mas também às
obras de outros autores novos brasileiros.
Uma
mensagem aos novos escritores: Dêem tudo de
si em seus escritos! Não tenham medo de parecerem ridículos! Escrevam com a
alma, que o livro sairá muito mais verdadeiro, e com certeza, vai conquistar o
leitor de modo pleno e sincero. Não desistam nunca de seus sonhos. E lutem por
eles sem ofender nem massacrar o próximo. Quero aproveitar a oportunidade e
convidar todos que leram esta entrevista a irem curtir e conhecer a Fan Page do
meu trabalho, que é a https://www.facebook.com/ObrasDeCyntiaBandeiraLino.
Este é o meu mais recente lançamento: CONTOS INOCENTES PARA MEDITAR! Ele é
vendido neste site:
Super obrigada pelo convite e desejo a todos muitas felicidades!
Obrigado, Cyntia, por nos conceder essa maravilhosa entrevista. Nós, do Cantinho Cultural, desejamos todo sucesso do mundo á você!!!
Ah, pessoal, não se esqueçam que as obras literárias de Cyntia Bandeira Lino estão sendo vendidas no site www.clubedeautores.com.br. Agradeço á todos!!!